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Momento orante 19 Setembro 2020

Do Livro Poesias de Santa Terezinha do Menino Jesus (PN 5)

“A minha vida é um só instante, uma hora passageira

A minha vida é um só dia que me escapa e me foge

Tu sabes, ó meu Deus! Para amar-Te na Terra

Só tenho o dia de hoje!...

Momento orante 12 Setembro 2020

Do Diário de Santa Isabel da Trindade (22 de Março de 1899)

“Amai-vos uns aos outros.” Jesus tanto o disse: “Reconhecer-se-á que vós sois Mestres, se vos amardes uns aos outros.”

Esta virtude é indispensável, é a mais recomendável, mas ai! A menos praticada!...

Naturalmente há simpatias e antipatias que estão em nós, mas não façamos aparecer essas antipatias, e, então, não haverá mal.

Até onde vai a caridade? Foi o próprio Jesus que o disse em parábolas: ela não tem limite. Devemos amar o nosso maior inimigo, desejar-lhe nesta vida e na outra todo o bem que desejamos para nós mesmos.

Mas ai, quantas pessoas devotas que comungam de manhã, já à tarde fazem juízos temerários, maledicências, disfarçando isso de todas as maneiras.

Ó meu Jesus, doravante nunca mais sairá dos meus lábios uma palavra contra o meu próximo, sempre o hei-de desculpar, e, se me acusarem injustamente, pensarei em Vós, meu Bem-Amado Esposo, e saberei tudo suportar sem me queixar!...”

Do Livro “Tratados Espirituais” de Santa Isabel da Trindade (28)  

Tudo me parece pura perda a partir do momento em que sei o que há de transcendente no conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por Seu amor, tudo perdi, achando tudo desprezível para ganhar Cristo. O que eu quero é conhecê-lo, a Ele, a comunhão com os seus sofrimentos e a conformidade com a Sua morte. Prossigo na minha caminhada, tentando chegar onde Ele me destinou, tomando-me para Si; todo o meu cuidado é esquecer o que está para trás, e tender constantemente o que está adiante; sigo direito ao fim, para a vocação à qual Deus me chamou em Cristo Jesus. Quero dizer que nada mais quero, senão identificar-me como Ele. “Mihi vivere Christus est”, Cristo é a minha vida!...

É a alma toda ardente de São Paulo que perpassa nestas linhas. Durante este retiro, cujo fim é de tornar mais conformes ao nosso adorado Mestre e, mais do que isso, de nos fundir tão perfeitamente n’Ele, que possamos dizer “Já não sou eu que vivo, é Ele que vive em mim, e o que tenho de vida neste corpo de morte, tenho-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”, oh! Estudemos o divino Modelo: o Seu conhecimento, diz-nos o Apóstolo, é tão “transcendente”.

Momento orante 4 Setembro 2020

Momento orante 29 Agosto 2020

Do livro “Subida do Monte Carmelo” de São João da Cruz (3 S 23, 2-3)

​

“Ao negar esta espécie de gozo, segue-se outro excelente benefício: o de cumprir e guardar o conselho de nosso Salvador, que diz por São Mateus: «Quem quiser vir comigo, renuncie a si mesmo». Portanto a alma nunca o poderia fazer se pusesse o gozo nos seus bens naturais, porque, quem faz algum caso de si, não renuncia a si mesmo nem segue a Cristo.

Há outro grande benefício na negação desta espécie de gozo: produz uma grande paz na alma, afasta as distrações e recolhe os sentidos, sobretudo os olhos. Ao não querer gozar disso, também não quer olhar nem ocupar os outros sentidos com essas coisas. Deste modo, livra-se de ser seduzido e amarrado por elas, e não perde tempo a pensar nelas. Faz-se surdo, como a prudente serpente, para não ouvir a voz dos encantadores que as podem impressionar, pois, guardando as portas da alma, que são os sentidos, muito se guarda e conserva a sua tranquilidade e pureza.”

Momento orante 22 Agosto 2020

Do livro “Poesias” de Santa Terezinha do Menino Jesus (PN 54)

​

“Oh! Quisera cantar, Maria, por que te amo

Porque é que o teu nome tão doce me faz vibrar o coração.

E porque é que o pensamento da tua grandeza suprema

Não poderia inspirar à minha alma o sentimento de temor.

Se eu te contemplasse na tua sublime glória

E mais brilhante do que todos os bem-aventurados,

Não poderia acreditar que sou tua filha

Ó Maria, diante de ti, eu baixava os olhos!...

(…)

Quando um anjo do Céu te oferece seres a Mãe

Do Deus que há-de reinar por toda a eternidade

Vejo-te preferir, ó Maria, que mistério!

Ó inefável tesouro da virgindade.

Compreendo que a tua alma, ó Virgem Imaculada

Seja mais querida ao Senhor do que a divina morada

Compreendo que a tua alma, Humilde e Manso Vale

Possa conter Jesus, o Oceano do Amor.”

Momento orante 15 Agosto 2020

Do livro “Poesias” de Santa Terezinha do Menino Jesus (PN 54)

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“Oh! Amo-te, Maria, quando te dizes a serva

Do Deus que tu deslumbras com a tua humildade

Esta virtude oculta torna-te omnipotente

Atrai ao teu coração a Santíssima Trindade

Então o Espírito de Amor cobrindo-te com a Sua sombra

O Filho igual ao Pai em ti encarnou…

Grande será o número dos seus irmãos pecadores

Já que se Lhe há-de chamar: Jesus, o teu primogénito!...

 

Ó Mãe bem-amada, apesar da minha pequenez

Como tu possuo em mim o Omnipotente

Mas eu tremo ao ver a minha fraqueza:

O tesouro da mãe pertence ao filho

E eu sou tua filha, ó minha Mãe querida!

As tuas virtudes, o teu amor, acaso não são meus?

Por isso quando a Hóstia branca vem ao meu coração

Jesus, o teu Manso Cordeiro, julga repousar em ti!...

 

Fazes-me sentir que não é impossível

Seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,

O estreito caminho do Céu, tornaste-o visível

Praticando sempre as mais humildes virtudes.

Junto de ti, Maria, gosto de permanecer pequena,

Das grandezas da terra vejo toda a vaidade

Em casa de Santa Isabel, recebendo a tua visita,

Aprendo a praticar a ardente caridade.

 

Lá escuto encantada, Doce Rainha dos anjos,

O cântico sagrado que brota do teu coração

Ensinas-me a cantar os divinos louvores

A glorificar-me em Jesus meu Salvador.

As tuas palavras de amor são místicas rosas

Que hão-de aromatizar os séculos futuros.

Em ti o Omnipotente fez grandes coisas

Quero meditá-las, para o bendizer.”

Da Carta de São Paulo aos Coríntios (4, 7-15)

​

Irmãos: Nós trazemos este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados; confundidos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não aniquilados. Trazemos sempre no nosso corpo a morte de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifesta no nosso corpo. Estando ainda vivos, estamos continuamente expostos à morte por causa de Jesus, para que a vida de Jesus seja manifesta também na nossa carne mortal. Assim, em nós opera a morte, e em vós a vida. Animados do mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: Acreditei e por isso falei, também nós acreditamos e por isso falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há-de ressuscitar com Jesus, e nos fará comparecer diante dele junto de vós. E tudo isto faço por vós, para que a graça, multiplicando-se na comunidade, faça aumentar a acção de graças, para a glória de Deus.

 

Do livro “Poesias” de Santa Isabel da Trindade (P 51)

“Tenho na Vossa divina Providência

Uma confiança que não tem cedência.

Ó Jesus virai-me e tornai-me no que vi

Pois me abandono inteiramente a Vós.

 

No dia em que me dissestes “Vem a mim”,

Jesus, respondi à Vossa voz, que sim.

Desde então, quantas lágrimas vertidas

Oh, lembrai-Vos dessas arremetidas?...

(…)

 

Perdoai um momento de impaciência.

Senhor, tive falta de persistência,

Mas imaginai, tenho um tal querer

De tudo deixar por Vós, de sofrer.

 

Mas não mais me hei-de desolar,

Prometo-Vos, ó Jesus bem-aventurança.

À Vossa Providência me abandonar

Nada alterará minha confiança.”

Momento orante 25 Julho 2020

Momento orante 19 Julho 2020

São João da Cruz (Chama de Amor Viva)

Quão manso e amoroso

Acordas em meu seio

Onde em segredo tu sozinho moras!

E nesse aspirar gostoso,

De bem e glória cheio

Quão delicadamente me enamoras!

​

Do livro “Ciência da Cruz” de Santa Teresa Benedita da Cruz (II Doutrina da Cruz, Vida escondida de amor)

“A alma fala de uma maravilhosa acção de Deus que, por vezes, experimenta em si. Tem diante dos olhos a imagem de quem desperta de um sono e respira: tem a impressão de que algo semelhante acontece consigo.

Deus tem muitas maneiras de acordar na alma. (…) Este acordar é um movimento que o Verbo faz na substância da alma, com tanta grandeza, majestade e glória, e de tão íntima suavidade, que a alma julga que todos os perfumes, espécies odoríferas e flores do mundo inteiro se agitam… e que todos os reinos e senhorios do mundo, e todas as potestades e virtudes do céu se movem… E também todas as virtudes, substâncias, perfeições e graças de todas as coisas criadas reluzem e fazem em uníssono o mesmo movimento… Daí que, movendo-se na alma este grande Imperador, cuja soberania…, tem sobre os seus ombros… refere-se aos reinos celeste, terrestre e infernal… bem como às coisas que neles existem, e que sustenta com a sua palavra poderosa.”

Do livro “Caminho de Perfeição” de Santa Teresa de Jesus (21, 1-2)

“Não vos espanteis, filhas, das muitas coisas a que é preciso olhar para começar esta viagem divina, que é caminho real para o Céu. Ganha-se, indo por ele, um grande tesouro; não é, pois, demasiado que custe muito, a nosso parecer. Tempo virá em que se entenda como tudo é nada para tão grande preço.

Agora, voltando aos que querem ir por ele sem parar até ao fim, que é chegar a beber desta água de vida, como devem começar, digo que importa muito, e tudo, ter uma grande e muito determinada determinação de não parar até chegar a ela, venha o que vier, suceda o que suceder, trabalhe-se o que se trabalhar, murmure quem murmurar, quer lá se chegue, quer se morra no caminho, ou não se tenha ânimo para os trabalhos que nele há, quer se afunde o mundo, como muitas vezes acontece ouvir-se dizer: «nisto há perigos», «fulano perdeu-se por aqui»; «o outro se enganou»; «aquele outro que rezava muito, caiu»; «causam dano à virtude»; «não é para mulheres, pois podem-lhes advir ilusões»; «melhor será que fiem»; «não necessitam dessas delicadezas»; «basta o Pater Noster e Ave-maria»...

Momento orante 11 Julho 2020

Momento orante 4 Julho 2020

Do livro “Manuscrito A” de Santa Terezinha do Menino Jesus (O brinquedozinho)

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“Apesar de todos os obstáculos, o que Deus quis cumpriu-se. Não permitiu às criaturas fazerem o que elas queriam, mas a vontade d’Ele. Algum tempo atrás tinha-me oferecido ao Menino Jesus para ser o Seu brinquedozinho. Tinha-Lhe dito que não se servisse de mim como de um brinquedo caro, para o qual as crianças se contentam em olhar, sem se atreverem a tocar-lhe, mas de uma bolinha sem nenhum valor, que Ele podia atirar para o chão, empurrar com o pé, furar, deixar num canto, ou apertar contra o coração, se tal Lhe agradasse. Numa palavra, queria divertir o Menino Jesus, dar-Lhe prazer; queria entregar-me aos Seus caprichos infantis. Ele tinha atendido a minha prece…

Em Roma, Jesus furou o seu brinquedozinho. Queria ver o que havia dentro. Depois, tendo-o visto, contente com a descoberta, deixou cair a bolinha e adormeceu… O que Ele fez durante o seu sono tranquilo, o que aconteceu à bolinha abandonada?... Jesus sonhou que brincava com o seu brinquedo, ora deixando-o cair, ora apanhando-o. Depois de o ter feito rebolar para bem longe, apertava-o contra o coração, não permitindo que nunca mais se afastasse da Sua mãozinha…”

Momento orante 27 Junho 2020

Do livro “Caminho de Perfeição” de Santa Teresa de Jesus (8, 1)

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“Agora vamos ao desprendimento que devemos ter, pois tudo está nisto se for com perfeição. Digo que aqui está tudo, porque, abraçando-nos só com o Criador e não se dando nada de todas as coisas, Sua Majestade infunde as virtudes de maneira que, trabalhando nós a pouco e pouco o que está em nosso poder, não teremos muito mais a pelejar, pois o Senhor toma em mão a nossa defesa contra os demónios e contra todo o mundo.”

Momento orante 20 Junho 2020

Do Evangelho de São Lucas (Lc. 2, 41-51)

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Do livro “O Céu na Terra” Santa Isabel da Trindade (39)

“«Virgo fidelis»: é a Virgem fiel, «aquela que guardava todas as coisas no seu coração». Mantinha-se tão pequena, tão recolhida em face de Deus, no segredo do templo, que atraía as complacências da Santíssima Trindade: “Porque Ele olhou para a humildade da Sua serva, doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada!...”. O Pai, inclinando-se para esta criatura tão bela, tão ignorante da sua beleza, quis que fosse a Mãe, no tempo, d’Aquele de quem Ele é o Pai da eternidade. Então, o Espírito de Amor, que preside a todas as operações de Deus, sobreveio-lhe; e a Virgem diz o seu fiat: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa Palavra», e assim se realizou o maior dos mistérios. E, pela descida do Verbo nela, Maria ficou para sempre cativa de Deus.”

Momento orante 13 Junho 2020

Pequena introdução histórica sobre Santo António de Lisboa

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Santo António nasceu em Lisboa no ano de 1195, tendo como nome de batismo “Fernando”. Aos 15 anos ingressou no mosteiro de S. Vicente de Fora, Lisboa, onde se encontravam os Cónegos Regulares de S. Agostinho.

Aos 17 anos, transferiu-se para o Mosteiro de S. Cruz, em Coimbra, em busca de maior recolhimento.

Em 1220, então com 25 anos, foi ordenado sacerdote.

Quando se deparou com os restos mortais dos primeiros mártires franciscanos, mortos em Marrocos, sentiu o apelo de uma nova vocação e ingressou na Ordem dos Frades Menores, com o nome de “António”.

Um ano depois, em 1221 participou no "Capítulo das Esteiras", junto à Porciúncula, e conheceu São Francisco de Assis.

Viveu alguns anos em recolhimento e oração. Quando começou a pregar, surgiram os frutos: levou muitos à conversão em Itália e em França.

Faleceu aos 33 anos de idade, perto de Pádua, onde foi sepultado.

No dia do Pentecostes de 1232, um ano depois da sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX.

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Do Evangelho de São Mateus (Mt. 5, 13-19)

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Do Cântico Espiritual de São João da Cruz (29, 3)

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“Os que são muito ativos e julgam abranger o mundo inteiro com as suas pregações e obras exteriores, advirtam, aqui, que fariam muito mais proveito à Igreja e agradariam muito mais a Deus se, para além do bom exemplo que dariam, gastassem pelo menos metade desse tempo para estar com Deus em oração (…). Nesse caso, com uma obra fariam certamente mais, e com menos trabalho, do que com mil, graças à sua oração, na qual recuperaram forças espirituais. De contrário, tudo é martelar e fazer pouco mais de nada, às vezes mesmo nada, e até por vezes danos.

Deus os livre do sal começar a corromper-se, porque ainda que pareça que se faz alguma coisa no exterior, substancialmente nada se faz; pois é verdade que as boas obras não se podem realizar senão por virtude de Deus.”

Momento orante 06 Junho 2020

Oremos com Santa Isabel da Trindade (Notas Íntimas, NI 15)

​

Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente, para me estabelecer em Vós, imóvel e pacífica, como se já a minha alma estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de vós, o meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundeza do Vosso mistério. Pacificai a minha alma, fazei dela o Vosso céu, vossa morada amada e o lugar do vosso repouso. Que nunca aí eu vos deixe só, mas que esteja lá inteiramente, toda acordada em minha fé, perfeita adoradora, toda entregue à Vossa Ação criadora.

(…)

Ó Fogo consumidor, Espírito de Amor, “sobrevinde a mim”, a fim de que se faça a minha alma como uma Encarnação do Verbo: que eu Lhe seja uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o Seu Mistério. E Vós, ó Pai, inclinai-Vos para esta pobre pequena criatura, “cobri-a com a Vossa sombra”, não vede nela senão “o Bem-Amado no qual pusestes todas as vossas complacências.”

Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade em que me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim, para que eu me sepulte em Vós, esperando ir contemplar na Vossa luz o abismo das Vossas grandezas.
 

Do Evangelho de São João (Jo 3,16-18)

​

Das “Cartas de Juventude” de Santa Isabel da Trindade – Carta ao Cónego Anglés (C 62)

​

“Desde há dez dias que estou presa pela pata: tenho um enorme derrame da sinóvia num joelho. Bem podes imaginar que estou contente, pensando ser uma atenção d meu Bem-Amado que quer fazer partilhar à sua pequena noiva a dor dos seus divinos joelhos a caminho do Calvário! Estou privada da igreja, privada da Sagrada Comunhão mas, vede, o bom Deus não tem necessidade do Sacramento para vir a mim, parece-me que mesmo assim O tenho; é tão bom, esta presença de Deus! É lá bem no fundo, no Céu da minha alma, que gosto de O encontrar visto que Ele nunca me deixa. “Deus em mim e eu n’Ele”, oh! Eis a minha vida!... É tão bom, não é verdade, pensar que, excepto na visão, nós o possuímos já como os bem-aventurados O possuem no além, que podemos nunca O deixar, nunca consentirmos em nos distrair d’Ele! Oh! Rezai-lhe muito para que me deixe prender por inteiro, me deixe levar totalmente!...

Nunca vos disse o meu nome no Carmelo: “Maria Isabel da Trindade”. Julgo que este nome indica uma vocação particular, não é belo? Amo tanto este mistério da Santíssima Trindade, é um abismo no qual me perco!...”

Momento orante 31 Maio 2020

Salmo (103/104)


Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Como são grandes, Senhor, as vossas obras!
A terra está cheia das vossas criaturas.

Se lhes tirais o alento, morrem
e voltam ao pó donde vieram.
Se mandais o vosso espírito, retomam a vida
e renovais a face da terra.

Glória a Deus para sempre!
Rejubile o Senhor nas suas obras.
Grato Lhe seja o meu canto
e eu terei alegria no Senhor.”

Evangelho de São João (Jo 20,19-23)


Do livro “Chama de Amor Viva” de São João da Cruz

“Oh chama de amor viva,
Que ternamente feres
A minha alma no mais profundo centro!
Pois já não sendo esquiva,
Acaba já, se queres
Rasga a tela deste doce encontro!

Oh cautério suave!
Oh deliciosa chaga!
Oh branda mão! Oh toque delicado
Que à vida eterna sabe
E quanto devo paga!
Matando, a morte em vida a tens mudado!

Oh lâmpadas de fogo,
Em cujos resplendores
As profundas cavernas do sentido,
Que estava escuro e cego,
Com estranhos primores
Calor e luz dão junto ao seu querido!

Quão manso e amoroso
Acordas em meu seio
Onde em segredo tu sozinho moras!
E nesse aspirar gostoso,
De bem e glória cheio
Quão delicadamente me enamoras!

Momento orante 23 Maio 2020

Oremos com Santa Terezinha (Orações, 4)

​

“Ó meu Deus, eis-nos prostrados diante de Vós. Vimos implorar a graça de trabalharmos para a Vossa glória. (…) Ó bem-aventurada Trindade, concedei-nos a graça de sermos fiéis e de Vos possuirmos quando terminar o desterro desta vida…”

​

Evangelho de São Mateus (Mt. 28,16-20)

​

Excerto do livro de Poesias de Santa Teresinha do Menino Jesus (Poesias, PN 45)

​

“Há almas sobre a terra

Que procuram em vão a felicidade

Mas comigo acontece o contrário

A Alegria habita no meu coração.

Esta alegria não é passageira

Eu tenho-a para sempre

Como uma rosa na Primavera

Sorri-me todos os dias.

(…)

 

Quando o Céu azul se torna escuro

E que parece abandonar-me,

A minha alegria, é a Vontade Santa

De Jesus meu único amor

Assim eu vivo sem nenhum receio

Amo tanto a noite como o dia.

(…)

 

 A minha alegria, é lutar sem cessar

A fim de gerar eleitos.

Com o coração ardendo de ternura

Muitas vezes repetir a Jesus:

«Por Ti, meu Divino Irmãozinho

«Sinto-me feliz em sofrer

«A minha única alegria na terra

«É conseguir alegrar-Te.”

Momento orante 16 Maio 2020

Parte 1

Parte 2

Um pouco da história de São Simão Stock

​

São Simão Stock, de origem inglesa, viveu no séc. XIII e é venerado na Ordem dos Carmelitas pela sua grande santidade e pela sua admirável devoção à Virgem Maria. Entrou na Ordem do Carmelitas e foi viver com outros irmãos religiosos na Monte Carmelo, Terra Santa.
Em 1242, os carmelitas fundam os primeiros conventos em Inglaterra e São Simão acompanha e intervém nestas fundações.
A vinda dos carmelitas para a Europa e a sua rápida expansão atraía a si imensos jovens universitários cativados pelo estilo de vida do Carmo desencadeando-se, ao mesmo tempo, uma onda de ciúme e inveja em muitos sectores da Igreja. Párocos, Reitores e Bispos movem uma guerra surda aos carmelitas «não deixando construir igrejas e obrigando-os a impostos e serviços graves insuportáveis, que nunca tinham tido no Monte Carmelo ou em outros conventos da Terra Santa».
Um dia, sendo Geral desta Ordem, enquanto rezava a oração «Flos Carmeli», apareceu-lhe a Virgem Maria na sua cela e entregou-lhe o Escapulário dizendo que este símbolo era o sinal da Sua protecção para com os carmelitas e para quem, a partir de então, o usasse.

​

Oração "Flos Carmeli"

​

Do Carmo a Flor
vide florida
do céu esplendor.
Virgem fecunda,
singular
Mãe sem par
De homem ignorada!
Ao Carmo vem dar
a tua ajuda.
Estrela do mar!

​

Do Evangelho de São João (Jo. 19, 25-27)

​

Um pequeno relato da vida de São Simão Stock pelo Pe. Pedro Swayngton, seu secretário e confessor

​

“Na manhã do dia 16 de julho de 1251, suplicava com maior empenho à Mãe do Carmelo sua proteção, recitando a oração “Flos Carmeli” quando, de repente “a Virgem me apareceu em grande cortejo, e, tendo na mão o hábito da Ordem, disse-me: “Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno”.

Momento orante 09 Maio 2020

Do Livro da Vida de Santa Teresa de Jesus (capítulo 1)  

​

 “Recordo-me que, quando morreu minha mãe, fiquei da idade de doze anos, pouco menos. Quando comecei a perceber o que tinha perdido, fui-me aflita, a uma imagem de Nossa Senhora e supliquei-Lhe, com muitas lágrimas, que fosse minha Mãe. Embora o fizesse com simplicidade, parece-me que me tem valido; porque conhecidamente tenho encontrado esta Virgem soberana, sempre que, me tenho encomendado a Ela, e, enfim, tornou-me a Si.”

Momento orante 02 Maio 2020

Salmo 23

​

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

 

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança.

 

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda.

 

A bondade e a graça hão de acompanhar me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

 

Evangelho de São João (Jo. 10, 1-10)

​

Do Livro de Poesias de São João da Cruz  

 

“Um pastorzinho, só e amargurado,

Alheio de prazer e de contento

Tem na sua pastora o pensamento

E o peito por amor tão magoado.

 

Não chora por amor o haver chagado,

Pois lhe não dói assim ver-se afligido,

Embora o coração tenha ferido:

Mas chora de pensar ser olvidado.

 

Que só de se pensar já olvidado

Pela bela pastora, em dor tamanha

Se deixa maltratar em terra estranha,

Seu peito por amor tão magoado.

 

E diz o pastorzinho: Ai, malfadado

É quem do meu amor buscou a ausência

E quem não quer gozar minha presença,

Por seu amor meu peito magoado!

 

E, no fim de grande tempo, ele subiu

Uma árvore: abriu os braços belos

E morto lá ficou, suspenso deles,

Seu peito por amor tão magoado!”

Momento orante 25 Abril 2020

Oração de Santa Teresinha do Menino Jesus

“Meu Deus, ofereço-Vos todas as ações que vou hoje praticar, pelas intenções e para a glória do Coração Sagrado de Jesus; quero santificar as palpitações do meu coração, os meus pensamentos e as minhas mais simples obras unindo-as aos Seus méritos infinitos, e reparar as minhas faltas lançando-as na fornalha do Seu amor misericordioso.
Ó meu Deus! Peço-Vos para mim e para aqueles que me são queridos a graça de cumprir perfeitamente a Vossa santa vontade, de aceitar por Vosso amor as alegrias e as dores desta vida passageira a fim de que possamos reunir-nos um dia nos Céus por toda a eternidade. Ámen.”

Evangelho de São Marcos (Mc 16, 15-20)

Do Livro das Moradas de Santa Teresa de Jesus (7M, 4, 6-7)

“Oh! Irmãs minhas, que esquecido deve ter o seu descanso, e que pouco se lhe deve dar da honra, e que longe deve andar de querer ser tida em algo a alma onde o Senhor está tão particularmente! Porque, se ela está muito com Ele, como é de razão, pouco se deve lembrar de si; toda a memória se lhe vai em contentá-l'O mais, e em quê ou como Lhe mostrará o amor que Lhe tem. Para isto é a oração, filhas minhas; para isto serve este matrimónio espiritual: que nasçam sempre obras, obras.
Esta é a verdadeira prova de ser coisa e mercê feita por Deus, - como já vos disse -, porque pouco me aproveita ficar-me ali a sós muito recolhida, fazendo actos com Nosso Senhor, propondo e prometendo fazer maravilhas por Seu serviço, se, em saindo dali, e se oferece ocasião, faço tudo ao revés. Digo mal, que aproveitará pouco, pois tudo o que se faz se se está com Deus, aproveita muito; e estas determinações, embora depois sejamos fracos em as cumprir, alguma vez nos dará Sua Majestade com que o façamos; e talvez, até mesmo, embora nos pese, como acontece muitas vezes; pois como vê uma alma muito cobarde, dá-lhe um trabalho muito grande, bem contra vontade dela, e fá-la sair com lucro; e, depois, como a alma entende isto, fica mais perdido o medo para mais se oferecer a Ele. Quis dizer que é pouco, em comparação do muito mais que é conformar as obras com os actos e palavras, e quem não o puder por junto, seja a pouco e pouco. Vá dobrando a sua vontade, se quer que lhe aproveite a oração; dentro destes recantos em que viveis, não faltarão muitas ocasiões em que o possais fazer.”

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